A ideia que eu tenho de Deus - ou da Divindade - só a mim pertence, só a mim serve, cura as feridas e dá alento para continuar. Cada um de nós tem - ou não! - a sua ideia de Deus. Por isso, nunca devemos impôr ao Outro a nossa ideia de Divindade - muito menos as nossas razões, aquelas que estiveram na origem da minha própria ideia de Deus.
Mas, será bom, ainda que dentro desse princípio de diversidade, construirmos uma unicidade que nos liga, e que é para bem de todos nós enquanto Humanidade - e para que não se repitam horrores do passado, e que foram praticados em nome d'Ele. Essa unicidade é a afirmação da existência da Divindade - isso ninguém nos poderá tirar! E as coisas são assim porque estamos numa Democracia! E em Democracia devem respeitar-se, também, todos aqueles que não acreditam na Divindade, dela não tê qualquer ideia - antes, terão, possivelmente, uma não-ideia.
Por isso, que autoridade tem alguém, que não acredita na Divindade, vir para um écran de televisão alardear impropérios contra as ideias de todos aqueles que têm uma determinada ideia da Divindade?
Não que eu seja partidário de Deus estar presente na Biblia, ou de que Ele tivesse "inspirado" os escribas que a fizeram! Nada disso. A Biblia tem o seu próprio valor e vale o que vale - assim como valem o Alcorão, a Tora ou o Livro Tibetano dos Mortos. Mas, nestes livros ditos sagrados, está presente aquela que é a ideia de Deus para muitos e , assim sendo, devemos respeitar estes livros, pois representam o que de mais sagrado há para determinadas comunidades.
Meu Caro Saramago:
para sermos respeitados, devemos, primeiro, respeitar os outros.
A liberdade de consciência, de religião e de culto é inviolável.
ResponderEliminarÉ livre a criação intelectual, artística e científica.
Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.
O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.
É livre a criação intelectual, artística e científica.
Esta liberdade compreende o direito à invenção, produção e divulgação da obra científica, literária ou artística.
"Não é que este livro seja mal comportado, mas é, sem dúvida uma insurreição, um apelo a que todos se animem a procurar ver o que está do outro lado das coisas", disse o escritor.
O Corão, que foi escrito só em 30 anos, é a mesma coisa. Imaginar que o Corão e a Bíblia são de inspiração divina? Francamente! Como? Que canal de comunicação tinham Maomé ou os redactores da Bíblia com Deus, que lhes dizia ao ouvido o que deviam escrever? É absurdo. Nós somos manipulados e enganados desde que nascemos.
Compreendo perfeitamente a inimizade entre Saramago e a Igreja, o primeiro é um comunista que durante toda a vida prometeu o céu na terra, por outro lado a Igreja exige sacrifícios na vida terrena e promete o céu aos defuntos. Comunistas e Igreja propõem o mesmo e disputam as mesmas almas, são concorrentes no mesmo mercado.
ResponderEliminarSaramago tem alguma razão ao embirrar com os livros sagrados das duas igrejas monoteístas, de facto não faz muito sentido que em pleno século XXI a humanidade seja condiciona nos valores ou no desenvolvimento científico por uma obra que não se sabe bem quem escreveu, que foi censurada dela sendo retirados os evangelhos apócrifos e interpretada por frades medievais.
É verdade que muitos foram mortos por carrascos que empunhavam a bíblia, ainda hoje cheira em locais como o Terreiro do Paço ou o Rossio. A Igreja tem um longo historial de violência, genocídio e morte, em nome dos seus princípios bíblicos povos foram escravizados, convertidos à força ou eliminados em nome de Deus. É Não é de esperar que a Igreja que levou séculos a reconhecer o erro da condenação de Galileu aceite as suas culpas nas orgias de morte e canibalismo dos cruzados ou a destruição das civilizações da América Central.
Mas se a Igreja nunca aceitará que a mesma obra que hoje invoca para aquilo que entende por defesa da vida foi durante séculos imposta pela espada, Saramago também não aceitará que uma boa parte dos seus heróis não são mais do que criminosos, nem mesmo o idílico Che se escaparia de umas quantas perpétuas se fosse julgado por magistrados e não por românticos. Em nome das obras do marxismo-leninismo foram chacinados povos, perseguidos todos os que se opuseram à ditadura do proletariado. Os carrascos de Estaline ou Pol Pot mataram com a mesma convicção dos os da Santa Inquisição. Nem sequer diferiram muito nos métodos de tortura e de julgamento.
Saramago tem razão, só é pena que não aplique os seus raciocínios às obras do marxismo-leninismo.
A PREPÓSITO DE SARAMAGO!...
ResponderEliminarAlemanha
Início do Século XX
Durante uma conferência para universitários, um Professor da Universidade de Berlim…
Lançou um desafio aos seus alunos com a seguinte pergunta:
“Será que foi Deus quem criou tudo o que existe?” Um aluno respondeu, convictamente:
Sim, claro, ele criou…
Deus criou realmente tudo o que existe?
Perguntou novamente o Professor.
Sim, senhor respondeu o jovem.
O Professor contrapôs: “Se Deus criou tudo o que existe, então Deus criou o mal, já que o mal existe!
E se concordamos que as nossas obras são o reflexo de nós próprios, então Deus é mau!”
O jovem calou-se perante o argumento do Mestre que, feliz regozijava-se por ter provado, uma vez mais, que a fé era um mito.
Outro estudante levantou a mão e disse:
Posso fazer-lhe uma pergunta, Professor?
Claro que sim, respondeu.
O jovem fez uma pausa e questionou:
Professor, o frio existe? Mas que raio de pergunta é essa?...
Lógico que existe, ou acaso nunca sentiste frio?
Respondeu o aluno: “Na realidade, professor, o frio não existe. Segundo as Leis da Física, o que consideramos frio, na verdade é a ausência de calor. Todos os corpos ou objectos são passíveis de estudo quando possuem ou transmitem energia; o calor é o que faz com que os corpos tenham ou transmitam energia”.
“O zero absoluto é a ausência total de calor; todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagirem, mas o frio não existe. Nós criámos esta definição para descrever de que maneira nos sentimos quando não temos calor”.
E, a escuridão existe?
Continuou o estudante.
O Professor respondeu:
Sim existe!
O estudante respondeu-lhe: A escuridão tão-pouco existe.
A escuridão, na realidade, é a ausência de luz. “A luz podemo-la estudar, a escuridão, não!
Através do prisma de NICHOLS, podemos decompor a luz branca nas suas várias cores, com os seus diferentes comprimentos de onda.
A escuridão não!
“Como se pode saber quando escuro está um determinado espaço?
Com base na quantidade de luz presente nesse espaço”.
“A escuridão é uma definição utilizada pelo Homem para descrever o que ocorre na ausência da luz”.
Finalmente, o jovem perguntou ao Professor:
Professor, O MAL EXISTE?
E este respondeu: Como afirmei no início, vemos crimes e violência em todo o mundo, isto é o mal.
O aluno respondeu: “O mal não existe, Professor, ou pelo menos não existe por si mesmo.
O mal é simplesmente a ausência do bem…
Em conformidade com os casos anteriores, o mal é uma definição que o Homem criou para descrever a ausência de Deus”.
Deus não criou o mal.
O mal é o resultado da ausência de Deus no coração do ser humano.
Tal e qual como acontece com o frio quando não há calor, ou como a escuridão quando não há luz.
O jovem foi aplaudido de pé e o Professor, abanando a cabeça, permaneceu em silêncio…
O Reitor da Universidade, dirigiu-se ao jovem estudante e perguntou-lhe, como te chamas ?
Chamo-me
ALBERT EINSTEIN