
Mas, será bom, ainda que dentro desse princípio de diversidade, construirmos uma unicidade que nos liga, e que é para bem de todos nós enquanto Humanidade - e para que não se repitam horrores do passado, e que foram praticados em nome d'Ele. Essa unicidade é a afirmação da existência da Divindade - isso ninguém nos poderá tirar! E as coisas são assim porque estamos numa Democracia! E em Democracia devem respeitar-se, também, todos aqueles que não acreditam na Divindade, dela não tê qualquer ideia - antes, terão, possivelmente, uma não-ideia.
Por isso, que autoridade tem alguém, que não acredita na Divindade, vir para um écran de televisão alardear impropérios contra as ideias de todos aqueles que têm uma determinada ideia da Divindade?
Não que eu seja partidário de Deus estar presente na Biblia, ou de que Ele tivesse "inspirado" os escribas que a fizeram! Nada disso. A Biblia tem o seu próprio valor e vale o que vale - assim como valem o Alcorão, a Tora ou o Livro Tibetano dos Mortos. Mas, nestes livros ditos sagrados, está presente aquela que é a ideia de Deus para muitos e , assim sendo, devemos respeitar estes livros, pois representam o que de mais sagrado há para determinadas comunidades.
Meu Caro Saramago:
para sermos respeitados, devemos, primeiro, respeitar os outros.